As Intermitências da Morte

Antes de ler a obra do escritor português José Saramago vencedor com glórias do Nobel de literatura, me adentrei um pouco em sua obra mediante a leitura da biografia escrita por João Marques Lopes, (livro adquirido por uma bagatela de preço), como podemos ver abaixo.

Não vou explanar sobre a biografia lida, uma vez que não é a intenção do post descrever minha opinião deste livro.

Voltando para José Saramago, irei relatar o livro As Intermitências da Morte, obra elaborada pela editora Companhia das Letras, lançado em 2005 e a edição do livro que possuo é do mesmo ano.

Sinopse: 'Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto', escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura. Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. E foi nela que o autor buscou o material para seu novo romance, 'As intermitências da morte'. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder 'passar desta para uma melhor'. Os empresários do serviço funerário se vêem 'brutalmente desprovidos da sua matéria-prima'. Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna?

Fonte: http://www.olivreiro.com.br/livros/2274059-as-intermitaancias-da-morte

Comentário sobre a obra: Livro de uma leitura densa, e um novo estilo de literatura que eu ainda não havia provado, na mesma frase sem interrupções a não ser por vírgulas, tanto a pergunta como a resposta (dialogo) em sequência, às vezes dificultando o entendimento por parte do leitor, acredito que seja esse o estilo do José Saramago.

Uma coisa interessante na obra, no início achei que fosse erro, após algumas virgulas se usa letra maiúscula, tentei achar um padrão, como por exemplo designar uma personagem importante, algo que merecesse o destaque do uso da letra maiúscula, ou até mesmo a mudança de diálogo que relatei acima, mas minhas investigações foram frustradas....

Recomendo a leitura da obra, lhe agregará a ver um lado diferente e até pode-se considerar cômico da morte.

E.S.